segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

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romeu com u. amanha.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

sou um filho-da-puta

ha-de chegar alguem que me arancará as acendalhas dos olhos. depois vou acordar e verei que nada é assim

Alexei Petrov

sábado, 25 de outubro de 2008

e. a maquina de matar

Levantou-se e saiu. a rua apareceu-lhe escura, com pessoas sem olhos. e sentadas no chão a chamar por quem passa. poupou-lhes a vida porque a sabia saida de um escarro no final da tarde de janeiro. e porque o cheiro do desespero lhe dava tesão.

No avançar via que não ia só. nunca. ia só.

Era sempre rodeado por coisas que ela nunca havia descoberto. que a espreitavam e lhe falavam. quando do amago lhe saia a cobardia de continuar viva. quando num impulso inocente assumia que chorava por ser assim. quando o espelho lhe mostrava uma cara e um corpo. uma nudez vulneravel. e um ser humano que ainda o era. e que so ela sabia.

As coisas permaneciam nas esquinas à escuta. dedilhavam formas para ouvir a voz que matava. que libertava e que se jorrava nas noites em ejaculaçoes de sangue. quentes.

Mas não falava. o som da voz so lhe aparecia em sonhos. esquecera-se dela no dia em que o sangue lhe banhou as mãos pela primeira vez. e das esquinas surgiam sons de passadas secas, gemidos e lutas por comida.

A maquina de matar avançava sempre a passo preto. com um estandarte a anunciar a causa. com trompetes e cavalos esbaforidos e relinchantes.

Como um animal. e ia matando assim, à vista de tudo.

O mundo aceitava-a pelo medo. e pela falta de mais. e porque não sabiam o porquê. não sabiam quem. e não sabiam que as maos de sangue tremiam. nao sabiam nada.

Nunca o sabem.

E a soma os numeros assustavam. a rotina das mortes que rodeiam apanhavam sempre de surpresa. como se fosse a primeira vez. como se surgisse do impulso inocente do previsto pelos objectos que carrega.

O sangue so lhe aquecia as mãos. banhava-se nele para que lhe passasse as frieiras. e tomou o gosto do cheiro quente e do som languido que tocava o chão.

E sabia bem que, na essencia daquilo tudo, assim fosse.

Ou entao.

A maquina de matar mata e acabou. sem rodeios, sem paneleirices, sem poesias forçadas e repuxadas de um vomito seco e vazio.

Mata com a precisao das feras.

Mata ao de leve, na passagem, no rodar dos ponteiros.

Mata bruta. Mata hard-core. Mata tudo.

Mata. Mata, caralho.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

ascensão. A



Aquele que subiu mostrou-nos tudo o que os olhos viram.

O mundo ao fundo, aparecia como da primeira vez, ainda humido de sono e cansado de ali estar.
O homem continuava de pé. e os olhos de pedra embargavam a poeira dos montes, o vinho a martelo. e a merda que limpava todos os dias, da mãe.
Continuou e.
Do alto de tudo foi mostrando onde as cadelas pariam filhos anonimos. onde as senhoras subiam. com cestos de vime. e carregos de lenha para os fogões de ferro fundido.
De mãos toscas e pretas, lascadas a seixos. e granitos que apareceram com as regras por ordem da segunda comunhão.
No topo do mundo os calos dos pais pareciam bonitos, como remendos a renda nas toalhas de domingo. mas na descida prenderam-nos o clarear das lagrimas e feriram-se nas lascas aparecidas de fúria. como caça galopante a espumar pela boca. sinos a rebate e ao despique do anuncio de tragédia.

O mundo continuava por la, a pairar no encanto das mouras escondidas nas silvas, das camponesas lesbicas e do sr homem que era laurindo, ao cimo.

(Que. fodido. continuava a limpar a merda da mãe)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

ela concorda comigo. ja nao queremos mais ser amigos deles. sao idiotas sem estilo. fazem-nos passar vergonha e tudo. depois da filtragem ser feita nunca mais lhes falamos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

hoje a noite vou voltar. e depois acho que tambem.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

um.
dia.
um.
senhor.
levou.
me.
para.
casa.
e.
fez.
me.
ver.
o.
po.
que.
circundava.
a.
mobilia.
ponto.
final.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

lachapelle com tori amos. mais por ca.


Never was a cornflake girl
Thought that was a good solution
Hanging with the raisin girls
She's gone to the other side
Givin us a yo heave ho
Things are getting kind of gross
And I go at sleepy time
This is not really happening
You bet your life it is

Peel out the watchword
Just peel out the watchword

She knows what's goin on
Seems we got a cheaper feel now
All the sweetcaze are gone
Gone to the other side
With my encyclopedia
They musta paid her a nice price
She's putting on her string bean love
This is not really happening
You bet your life it is

Peal our the watchword
Just peel out the watchword

Never was a cornflake girl
Thought that was a good solution

Rabbit where'd you put the keys girl
And the man with the golden gun thinks he knows so much
Thinks he knows so much
Rabbit where'd you put the keys girl





Tori Amos- Cornflake Girl

lynch. air is on fire. acho que fico.


ha um grito que nos atiça os movimentos. e nos faz olhar para tras quando e quando.
depois ha despojos pela parede. ou paredes.
ha homens que se perdeream dos cães. e insectos. com terra. fogo. e silicone.
e imagens com cabeças despojadas. amantes de uma mutilação veloz. de corpos que serão sempre seus.
fragmentam-se acções nos bilhetes de avião. sacos de vomito. e coisas de hotel.
e roteiros. e afins.
ficam os bichos.
e o génio.
HOJE CRITICO. PORQUE A MINHA BOCA DEIXOU-SE DE ACÇÕES RELACCIONADAS.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

quando te encontrei na cama

lembrei-me que deus existia e que estava acima de nos

sms

fico por aqui a enrigecer os limites do corpo. sei k n tenho mais para onde ir. por isso deixo-me estar. assim. estatico na sede k me prende os musculos.
soubesses tu do frio.
tenho mt pra te contar. as razões e o amor k n vai. k me sufoca como o fumo k se perdeu nos pulmoes.
ha pessoas escondidas pelos recantos do meu corpo. ha corpos dentro de corpos. como filhos dentro de filhos. alimentados pela mesma mãe que socumbe
as bocas que lhe vão sugando as visceras amenioticas armazenadas.
sinto-os mexer quando me quedo.
ha pessoas dentro de pessoas. como bichos dentro das coisas. ou arvores ou outras coisas. mais coisas. (gosto de coisas).
ha parasitas que saem numa ejaculação forte. ha os que ficam na teima da alimentação.
ha pessoas dentro de pessoas.
bichos. mães. eu.

gosto do que vejo daqui de cima. no lugar onde as lagrimas apagaram os nomes.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

o primeiro eu. o primeiro texto. eu. Simbiose. e fim da simbiose. fim. primeiro por a musica a tocar. so depois ler o texto.



Sabes, não desisti de ti. Ainda te quero tocar mais um pouco.
O teu corpo continua a fazer falta ao meu.
Sabes, tenho medo de me ir embora e não te deixar por cá. Tenho medo que vás comigo e continues a dar beijos nos olhos, a mexer na ponta do nariz e a censurar-me o cigarro que te justifica a hipocondria.
Sabes, continuas convidado para o jantar planeado. Com a minha mãe a fazer-te perguntas que só eu poderei responder. Continuas sim.
Sabes, continuo a ver-te da primeira vez com os óculos. Naquela livraria, cara que dói. Com aquela senhora loira que tu odiaste, a oferecer ajuda e catálogos com 30% de desconto na compra do segundo livro.
Continua a imagem.
Do que se seguiu à livraria, cara que dói, com 30% de desconto na compra do segundo livro. O café.
Não pus açúcar (sabes agora que já o bebo assim). E tu disseste-me que se a desvalorização pessoal continuasse, não me falarias mais. Então acompanhei-te calado. E às tantas fui-me dizendo feio para que o negasses e a expressão fosse mudando para que eu a pudesse compor com as pontas dos dedos.
Depois pagaste o café e cobraste a divida horas mais tarde.
Sabes que contarei historias tuas aos amantes que te seguirem.
E tu vais esquecer que um dia, perdido, fugi para apagar as luzes do lugar onde nasceu o primeiro filho.
Sabes que voltarei não tarda.
Já terás o carro pago, o seguro contra todos os riscos anulado e estarás a viver ao pé do mar.
Sei que continuaras com as camisas e a camisola com gola “à pescador” que anulou o café no teatro.
Sei que os moralismos continuarão e que os cafés ainda não sucumbiram ao teu pagamento.
Sei ainda que a partir de hoje já não sou teu.
O coração bate outra vez a 120 vezes por minuto e o rádio do carro voltou a funcionar a volume 35.
Sei que volto à arrogância que me queima os sonhos, o casamento e os sapatos brancos comprados na la redoute com 40% de desconto.
Como o sei. E tu continuas a insistir que sabes mais que eu.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

blind date. dois.

Espera-me aí. quedo. que eu já vou ter contigo.
Só apanho as flores que te quero espalhar no cabelo.
Dá-me ainda a mão e não me largues.
Nunca.

blind date. um.

Aposto que és feio. cego de um olho. e que cheiras mal da boca.
Aposto-me nos pulsos prontos a definharem facas e a alisarem unhas que vais cravar por cá.
Aposto o corpo.
Que entrego ao grotesco que te envolve as linhas da pele e os fluidos decompostos que exalas no movimento dos olhos.

Insultas-me o amor.

Entregas á luz das madrugadas a podridão que te pariu.
Entregas-te tu também. aos pés que assentam naquilo que há muito morreu.

És tu. assim.
E eu também.

sábado, 25 de agosto de 2007

1+1=0

Encontro-me frente a ti.

Dizes-me bonito.
Dizes-te a casar comigo.
Dizes-nos felizes para sempre.
Dizes-te assim.
Dizes-te tudo. inteiro.

Pena!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Voltei à doença. adormecida há muito no meio das pernas.
Voltou. e chamou-me pelo abismo de gritos. de olhares oblíquos. e de plásticos que me prendem a circulação do sangue, estagnado nos âmagos.
Voltou-me o monstro que me envolve os olhares secos.
Teimou e persistiu.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

quarta-feira, 11 de julho de 2007

nunca a noite me pareceu tão longa.
tão vazia.
tão um nao sei quê estranho.
nunca a noite me pareceu tão noite.
hoje fiquei (só) eu e a noite por aqui.
em casa.
fechado no quarto.
trancado mesmo.
para que nada entre e destrua a criação.
o cenário construido do vazio das peças.
do vazio dentro do vazio.
quero-me num vacuo físico.
dentro de coisas.
escondido.
(e tenho medo da menina com a mão na boca e a gaivota arrastada pela trela.)
medo e vergonha.
ai. pudesse eu fugir!

morreu-me

morreu-me alguém. à minha frente. de olhos abertos.
caiu no chão. enquanto gritava por mim. no fundo de uma imensa tristeza.
eu. chorei um pouco.
depois. debrucei-me. e contemplei. os ultimos segundos da agonia.
quando me apercebi do prazer que aquela morte me dava. enxuguei as lagrimas.
cantei alto.
fui. espalhar a boa nova.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

contemporâneo. ou oração. qualquer coisa.

divina comédia de torturas com sorrisos disfarçados.
mãos que tapam lágrimas. e se apertam num esforço sem destino.
corpos que andam e param andam e param e procuram e param e escondem e andam e param e estancam.
não sei.

(partiu o pão. mas não o comeu. guardou-o. soube que precisaria dele)

divina comedia de seres emancipados a orquestra de deus.
olhos no céu. mãos ao alto. rezam. peregrinos e pernas que param. pararam.
no princípio era o verbo. e o verbo era deus. pois então.

múltipla escolha de palavras. livre leitura. e não leitura.
livre livre livre livre.

(grita ao céu. não rezes. Livra-te.)

ámen.

putas. ou m. e s. as super secretas do blogue super secreto.

saltam-me à cara raparigas solteiras. com sede de homens erectos.
sôfregas. dizem-se putas de corpo. e isolam-se dos mundos na procura de coisas.
tocam-se em surdina num desejo incandescente.
dedos que roçam pelos músculos húmidos e jorrados de folículos que coagulam no tempo do gemido.
mordem-se os lábios. e o desejo que se invade na retina dos olhos evidencia-se no sangue que jorra aos órgãos incandescentes. e são castigados com a volúpia de dedos e de coisas e de afins e de eteceteras.
há fluidos que escapam a matança. e escorrem pelas pernas.
gemem baixinho e rasgam-se na plenitude do desgosto.
são putas.
aprendo-me naquilo que cai. e depois perco-me a meio de um caminho qualquer.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

historia da criação do homem inválido

deixei de amar. de desejar. e de olhar na procura. deixei.
explodiu-me o coração.
e fiquei assim. seco.
invadiu-me uma sombra que atordoa tudo o que em mim julgava pulsar.
não sei. mas ainda distingo os vultos. vejo-os mexer no meio das coisas.
e não os atinjo.
explodiu-me o coração. e deixou-me quedo.
não alcanço mais nada.

terça-feira, 19 de junho de 2007

relembro-me nos sentidos que me atordoam as pernas. doem-me umas cicatrizes que tenho por aqui. pelo corpo.
noto-lhe coisas que mexem. coisas que nascem.
e nadam-me numa especturação que me escorre os dedos.

sensação intrínseca de moléstia de sentimentos.

domingo, 17 de junho de 2007

sinto uma embriaguês nos orgasmos que me atordoam as células. e desisto da masturbação.

go team!

quero ter a vida num video-clip com a banda sonora de claque. daqueles filmes americanos.
com pompons e raparigas aos saltos.

domingo, 10 de junho de 2007

história da criaçao do homem ateu

deus entrou-me pela janela. e penetrou-me os orifícios do corpo.
quando acabou deu-me um beijo. e o esperma que me inundava os cantos da boca secou.
deus era bom.
deitou-se ainda comigo no amanhecer. e o fogo que me envolvia a fé transformou-se em desprezo.
então.
vi deus a dormir. sai em silêncio. e nunca mais voltei.
Fiz-me achar possível na beleza dos sonhos. Encontrar-te pelo toque. Sentir-me numa dor crónica. Tua. Que se expele nos poros do teu corpo. Quis-me teu. Esmagar pétalas na fricção dos corpos. Nossos. Entregar os embriões à matança. E sentir-te preso pela carne. A mim.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

para quem perdeu. a minha cena foi esta. sinopse.

o amor morreu. ou adormeceu. nao sei bem.
sei que. o negrume do coração trespassou. infectou. contagiou-se pelas paredes. pelo espaço.
e chegou aos olhos do homem.
sei que. esse homem esta morto. cego. e nao deixou de amar.
nem de escrever cartas. de amor.

ciclo de mini espectáculos para perceber ainda menos o amor #4. ja foi nos ultimos tres dias do mes. extracto de um dos meus dialogos.

fiquei preso ao amor que nao chegou. que me esqueceu. e me escondeu do mundo.
abrange-me um escuro. um negrume crescente que já me consumiu o corpo. que me limitou os movimentos.
fui abandonado as moscas e aos bichos devoradores de corpos moribundos. como o meu.
olha para mim. aqui. preso. fechado. ja sem olhos.
olha para mim. aqui. sozinho. potrefacto. decomposto.
diz que me soltas. que me levas contigo. e que me amas.
ama-me por favor.
cuida de mim ao adormecer.
e sê feliz comigo.
ama-me.
eu prometo amar-te tambem.
quero chegar a ti. quero
contemplar-te o tempo que for preciso.
quero chegar a ti.
e nao consigo.
falham-me as forças
e desisto mais uma vez.
acaba-se tudo.
eu. sozinho. e abandonado. como da outra vez.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

quarto a preto e branco

hoje. encontrei-te na minha pele, pela manha.
não disseste nada.
depois comecei a sentir-te as pulsações. e o sangue a passar-te nas veias.
ainda tinha o teu sabor na boca. e não dissemos nada.
permanecemos.
eu arrisquei-me e fui-te tocando a cara e beijando as mãos. dei-te ainda puxões nas orelhas. não gostas. mas gosto da tua cara de desagrado.
guardei os olhos.
tu ainda estavas lá. quieto.
vimos pela parede as pessoas que passavam.
escrevemos historias sobre elas.
acabam todos casados e felizes. e com filhos e animais.
e depois continuamos. calados.
gostaDeMimSeFazFavor
emano a decadência pela pele.
roço-me nas esquinas. nas casas e nas pedras.
apoderou-se de mim um cio doentio e vicioso. sou um animal que espuma pela boca. olhos com chamas , que brilham. penetram.
sou um predador.
tenho o desejo de sangue a jorrar-me nas entranhas. e desejos de doenças. e de vícios que me prendem os pés. e a piça.
queria arrancar os braços as crianças. expô-los e cuspi-los no desprezo.
queria torcer os úteros. arranca-los com os dedos e mastiga-los docemente a frente de uma mulher. vou parir-te um filho feio. para que o mates.
e serei mais livre assim.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

atiro-me às feras.
elas, vão-me mastigando a carne enquanto me fitam os olhos.
eu, quedo-me. e limpo o sangue com luvas de algodão. brancas. para que a prova do sofrimento seja maior.
quando já não ha sangue, as feras largam-me ali.
e eu fico sozinho a limpar. vergado aos desprezos.
e espero.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

n.

amo-o com toda a violência do universo. choro-o todos os dias, à mesma hora, por baixo da almofada numero dois da minha cama. cíclico.
olho-o passar ao de leve pelas gentes. ri-se e continua. paira sobre as coisas. e nada lhe consegue tocar.
amo-o. como uma doença que não me larga o corpo. que me destrói a cada passo. passo.
consome-me o imaginar. eu e ele no fim das histórias. felizes para sempre.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

que nunca ninguém me leve a sério quando digo que me quero só.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

enfurecem-me as prioridades. e as coisas resolvidas à pressa.
enfurece-me o amor que se distribui pelas pedras no meio da rua. ao calhas. amor distribuído pelas naturezas mortas. e pelos tinteiros secos de inspiração.
enfurecem-me as falhas de deus na criação do mundo. enfurece-me deus. e o mundo. e as coisas. e as pessoas.

terça-feira, 1 de maio de 2007

retribuição

há uma menina no mundo que sabe que gosto de escrever para ela. gosta também de saber que escrevo. e escrevo então.
nada de mais. nada profundo nem masturbadamente maçudo. porque o amor que sinto por ela é bonito. e é azul. ou verde. ou outras cores. ou outras coisas.
gosto dela. e queria estar com ela. dizer-lhe mais uma vez que a amo e que a quero respirar todos os dias da minha vida. num amor possessivo e egoísta.
gosto dela. gosto de o dizer outra vez.
Ana Paula Cepeda Alves. ela mesmo. de bragança. quero que saibam quem é. porque quero que o amor seja público. que saia à praça e se apresente aos olhares das pessoas. e às pessoas.
napau gosto de ti. ponto final. asterisco. e coiso. e está tudo dito.
e obrigado pelo muleskine.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

afinal gosto é de dormir sozinho. esticar as pernas e desejar que alguém durma comigo.

b.i.

masturbador compulsivo de arte. de emoções. e de coisas viscosas que escorrem por nós.
bulimico de inspirações forçadas. e de bichos que alimentam o cérebro.
esperma espalhado na cadeira do quarto. esperma nos sonhos.
e um menino que quer voltar a brincar.