terça-feira, 14 de outubro de 2008

ascensão. A



Aquele que subiu mostrou-nos tudo o que os olhos viram.

O mundo ao fundo, aparecia como da primeira vez, ainda humido de sono e cansado de ali estar.
O homem continuava de pé. e os olhos de pedra embargavam a poeira dos montes, o vinho a martelo. e a merda que limpava todos os dias, da mãe.
Continuou e.
Do alto de tudo foi mostrando onde as cadelas pariam filhos anonimos. onde as senhoras subiam. com cestos de vime. e carregos de lenha para os fogões de ferro fundido.
De mãos toscas e pretas, lascadas a seixos. e granitos que apareceram com as regras por ordem da segunda comunhão.
No topo do mundo os calos dos pais pareciam bonitos, como remendos a renda nas toalhas de domingo. mas na descida prenderam-nos o clarear das lagrimas e feriram-se nas lascas aparecidas de fúria. como caça galopante a espumar pela boca. sinos a rebate e ao despique do anuncio de tragédia.

O mundo continuava por la, a pairar no encanto das mouras escondidas nas silvas, das camponesas lesbicas e do sr homem que era laurindo, ao cimo.

(Que. fodido. continuava a limpar a merda da mãe)

2 comentários:

lilikoi disse...

a maria manda-te um beijo. diz que tem um novo blog e que és bonito.

anarresti disse...

:D bem... olha, aqui está o texto. que maroto, a esconder as palavras.

abraço.