quarta-feira, 2 de maio de 2007

enfurecem-me as prioridades. e as coisas resolvidas à pressa.
enfurece-me o amor que se distribui pelas pedras no meio da rua. ao calhas. amor distribuído pelas naturezas mortas. e pelos tinteiros secos de inspiração.
enfurecem-me as falhas de deus na criação do mundo. enfurece-me deus. e o mundo. e as coisas. e as pessoas.

3 comentários:

Ana Cepeda Alves disse...

então, do alto da sua revolta, mandou um raio e partiu-se tudo. já não havia nem pessoas, nem coisas, nem mundo. só Deus permaneceu.


Napau!

inominável disse...

Cepedaalves, Deus não pode permanecer se o homem morrer... essa é a maldição de Deus: não pode destruir a sua criação porque isso seria auto-destruição... Não tenhamos dúvidas: a nossa sobrevivência às mãos de um Deus não é um sinal de amor, mas de um egoísmo e egocentrismo seu: ninguém ficaria para o admirar...

Ana Cepeda Alves disse...

Caro Inominável,

Há uma contradição interessante no comentário: "não pode destruir a sua criação porque isso seria auto-destruição", belo paradoxo. Deduso, portanto, que se coloca primeiramente Deus enquanto criador do Homem, daí que será óbvio afirmar que Deus existe, necessariamente, antes do Homem, criação sua. A segunda parte da afirmação é, mediante este crtério, curiosa. Devo até acrescentar, de um contrasenso extraordinário.
Creio que será um insulto ao raciocínio de qualqiuer visitante deste blog prosseguir na desconstrução de tão mal empregue silogismo.