quarta-feira, 11 de julho de 2007

nunca a noite me pareceu tão longa.
tão vazia.
tão um nao sei quê estranho.
nunca a noite me pareceu tão noite.
hoje fiquei (só) eu e a noite por aqui.
em casa.
fechado no quarto.
trancado mesmo.
para que nada entre e destrua a criação.
o cenário construido do vazio das peças.
do vazio dentro do vazio.
quero-me num vacuo físico.
dentro de coisas.
escondido.
(e tenho medo da menina com a mão na boca e a gaivota arrastada pela trela.)
medo e vergonha.
ai. pudesse eu fugir!

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