quarta-feira, 20 de junho de 2007

historia da criação do homem inválido

deixei de amar. de desejar. e de olhar na procura. deixei.
explodiu-me o coração.
e fiquei assim. seco.
invadiu-me uma sombra que atordoa tudo o que em mim julgava pulsar.
não sei. mas ainda distingo os vultos. vejo-os mexer no meio das coisas.
e não os atinjo.
explodiu-me o coração. e deixou-me quedo.
não alcanço mais nada.

terça-feira, 19 de junho de 2007

relembro-me nos sentidos que me atordoam as pernas. doem-me umas cicatrizes que tenho por aqui. pelo corpo.
noto-lhe coisas que mexem. coisas que nascem.
e nadam-me numa especturação que me escorre os dedos.

sensação intrínseca de moléstia de sentimentos.

domingo, 17 de junho de 2007

sinto uma embriaguês nos orgasmos que me atordoam as células. e desisto da masturbação.

go team!

quero ter a vida num video-clip com a banda sonora de claque. daqueles filmes americanos.
com pompons e raparigas aos saltos.

domingo, 10 de junho de 2007

história da criaçao do homem ateu

deus entrou-me pela janela. e penetrou-me os orifícios do corpo.
quando acabou deu-me um beijo. e o esperma que me inundava os cantos da boca secou.
deus era bom.
deitou-se ainda comigo no amanhecer. e o fogo que me envolvia a fé transformou-se em desprezo.
então.
vi deus a dormir. sai em silêncio. e nunca mais voltei.
Fiz-me achar possível na beleza dos sonhos. Encontrar-te pelo toque. Sentir-me numa dor crónica. Tua. Que se expele nos poros do teu corpo. Quis-me teu. Esmagar pétalas na fricção dos corpos. Nossos. Entregar os embriões à matança. E sentir-te preso pela carne. A mim.