divina comédia de torturas com sorrisos disfarçados.
mãos que tapam lágrimas. e se apertam num esforço sem destino.
corpos que andam e param andam e param e procuram e param e escondem e andam e param e estancam.
não sei.
não sei.
(partiu o pão. mas não o comeu. guardou-o. soube que precisaria dele)
divina comedia de seres emancipados a orquestra de deus.
olhos no céu. mãos ao alto. rezam. peregrinos e pernas que param. pararam.
no princípio era o verbo. e o verbo era deus. pois então.
no princípio era o verbo. e o verbo era deus. pois então.
múltipla escolha de palavras. livre leitura. e não leitura.
livre livre livre livre.
(grita ao céu. não rezes. Livra-te.)
livre livre livre livre.
(grita ao céu. não rezes. Livra-te.)
ámen.
1 comentário:
Adoro textos q terminam com amen.
E essa coisa do partir o pão me lembrou a última frase do conto "A Repartição dos Pães", de Clarice Lispector:
"Pão é amor entre estranhos".
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