quinta-feira, 19 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
nunca a noite me pareceu tão longa.
tão vazia.
tão um nao sei quê estranho.
nunca a noite me pareceu tão noite.
hoje fiquei (só) eu e a noite por aqui.
em casa.
fechado no quarto.
trancado mesmo.
para que nada entre e destrua a criação.
o cenário construido do vazio das peças.
do vazio dentro do vazio.
quero-me num vacuo físico.
dentro de coisas.
escondido.
(e tenho medo da menina com a mão na boca e a gaivota arrastada pela trela.)
medo e vergonha.
ai. pudesse eu fugir!
morreu-me
morreu-me alguém. à minha frente. de olhos abertos.
caiu no chão. enquanto gritava por mim. no fundo de uma imensa tristeza.
eu. chorei um pouco.
depois. debrucei-me. e contemplei. os ultimos segundos da agonia.
quando me apercebi do prazer que aquela morte me dava. enxuguei as lagrimas.
cantei alto.
fui. espalhar a boa nova.
caiu no chão. enquanto gritava por mim. no fundo de uma imensa tristeza.
eu. chorei um pouco.
depois. debrucei-me. e contemplei. os ultimos segundos da agonia.
quando me apercebi do prazer que aquela morte me dava. enxuguei as lagrimas.
cantei alto.
fui. espalhar a boa nova.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
contemporâneo. ou oração. qualquer coisa.
divina comédia de torturas com sorrisos disfarçados.
mãos que tapam lágrimas. e se apertam num esforço sem destino.
corpos que andam e param andam e param e procuram e param e escondem e andam e param e estancam.
não sei.
não sei.
(partiu o pão. mas não o comeu. guardou-o. soube que precisaria dele)
divina comedia de seres emancipados a orquestra de deus.
olhos no céu. mãos ao alto. rezam. peregrinos e pernas que param. pararam.
no princípio era o verbo. e o verbo era deus. pois então.
no princípio era o verbo. e o verbo era deus. pois então.
múltipla escolha de palavras. livre leitura. e não leitura.
livre livre livre livre.
(grita ao céu. não rezes. Livra-te.)
livre livre livre livre.
(grita ao céu. não rezes. Livra-te.)
ámen.
putas. ou m. e s. as super secretas do blogue super secreto.
saltam-me à cara raparigas solteiras. com sede de homens erectos.
sôfregas. dizem-se putas de corpo. e isolam-se dos mundos na procura de coisas.
tocam-se em surdina num desejo incandescente.
dedos que roçam pelos músculos húmidos e jorrados de folículos que coagulam no tempo do gemido.
mordem-se os lábios. e o desejo que se invade na retina dos olhos evidencia-se no sangue que jorra aos órgãos incandescentes. e são castigados com a volúpia de dedos e de coisas e de afins e de eteceteras.
há fluidos que escapam a matança. e escorrem pelas pernas.
gemem baixinho e rasgam-se na plenitude do desgosto.
são putas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)